11/12/2012
às 18:00 \ Política & Cia
Ameaçado de morte, o bispo D. Pedro Casaldáliga, 84 anos, deixou sua casa e “está bem, mas preocupado”, diz sobrinha
Um veterano combatente pelos direitos humanos durante a ditadura, o bispo dom Pedro Casaldáliga,
ex-titular e bispo emérito da prelazia de São Félix do Araguaia (MT),
está sofrendo uma série de ameaças de morte que o obrigou a deixar sua
cidade e, sob proteção da Polícia Federal, transferir-se para um local
não identificado a mil quilômetros de distância.
As ameaças ao bispo, defensor do que considera os direitos dos índios, coincidem com o início do processo de desocupação da Terra Indígena de Marãiwatsédé, com 160 mil hectares, após 20 anos de disputa judicial.
O texto abaixo fornece algumas informações adicionais.
Da agência EFE
Gloria Casaldáliga, sobrinha do bispo dom Pedro Casaldáliga, informou que seu tio está “bem, mas preocupado pela situação”.
Em declarações à Catalunya Rádio, de Barcelona [dom Pedro nasceu na Catalunha], segundo informou a emissora em um comunicado, a sobrinha do bispo, de 84 anos e sofrendo da Doença de Parkinson, decidiu abandonar sua casa “não apenas por sua segurança, mas também pela das pessoas que cuidam dele”.
Gloria Casaldáliga falou com o tio por telefone e disse que, apesar das circunstâncias que o obrigaram a deixar sua casa, achou que ele está “bem e tranquilo”.
Acrescentou que seu tio quer que “essa situação acabe o quanto antes” e que tem “muita vontade de voltar a sua casa em São Félix do Araguaia junto aos seus”.
Dom Pedro deixou São Félix devido a um recrudescimento das ameaças de morte que recebe há anos por seu trabalho em favor dos índios, disseram à EFE fontes de uma organização indigenista.
“Dom Pedro está seguro”, limitou-se a explicar um porta-voz Conselho Indigenista Missionário (CIMI), organização vinculada ao episcopado brasileiro, que no entanto, por razões de segurança, não revelou para onde viajou o bispo.
O CIMI denunciou que as ameaças aumentaram nas últimas semanas, ao que tudo indica devido a uma decisão judicial que favoreceu os índios Xavante numa disputa pela propriedade de terras no município de São Félix.
O bispo, que chegou em 1968 a esse remoto rincão de Mato Grosso, sempre apoiou as reivindicações dos Xavante. Nascido em Balsareny, na província de Barcelona, ele chegou à Amazônia brasileira depois de passar sete anos como missionário na Guiné Equatorial.
No Mato Grosso, acabou abraçando a Teologia da Libertação, corrente nascida nos chamados “movimentos de base” da igreja católica no Brasil, que depois se espalharia para o restante da América Latina e que foi condenada pelo Vaticano, por identificar em seus postulados “princípios marxistas”.
As ameaças ao bispo, defensor do que considera os direitos dos índios, coincidem com o início do processo de desocupação da Terra Indígena de Marãiwatsédé, com 160 mil hectares, após 20 anos de disputa judicial.
O texto abaixo fornece algumas informações adicionais.
Da agência EFE
Gloria Casaldáliga, sobrinha do bispo dom Pedro Casaldáliga, informou que seu tio está “bem, mas preocupado pela situação”.
Em declarações à Catalunya Rádio, de Barcelona [dom Pedro nasceu na Catalunha], segundo informou a emissora em um comunicado, a sobrinha do bispo, de 84 anos e sofrendo da Doença de Parkinson, decidiu abandonar sua casa “não apenas por sua segurança, mas também pela das pessoas que cuidam dele”.
Gloria Casaldáliga falou com o tio por telefone e disse que, apesar das circunstâncias que o obrigaram a deixar sua casa, achou que ele está “bem e tranquilo”.
Acrescentou que seu tio quer que “essa situação acabe o quanto antes” e que tem “muita vontade de voltar a sua casa em São Félix do Araguaia junto aos seus”.
Dom Pedro deixou São Félix devido a um recrudescimento das ameaças de morte que recebe há anos por seu trabalho em favor dos índios, disseram à EFE fontes de uma organização indigenista.
“Dom Pedro está seguro”, limitou-se a explicar um porta-voz Conselho Indigenista Missionário (CIMI), organização vinculada ao episcopado brasileiro, que no entanto, por razões de segurança, não revelou para onde viajou o bispo.
O CIMI denunciou que as ameaças aumentaram nas últimas semanas, ao que tudo indica devido a uma decisão judicial que favoreceu os índios Xavante numa disputa pela propriedade de terras no município de São Félix.
O bispo, que chegou em 1968 a esse remoto rincão de Mato Grosso, sempre apoiou as reivindicações dos Xavante. Nascido em Balsareny, na província de Barcelona, ele chegou à Amazônia brasileira depois de passar sete anos como missionário na Guiné Equatorial.
No Mato Grosso, acabou abraçando a Teologia da Libertação, corrente nascida nos chamados “movimentos de base” da igreja católica no Brasil, que depois se espalharia para o restante da América Latina e que foi condenada pelo Vaticano, por identificar em seus postulados “princípios marxistas”.
Hiç yorum yok:
Yorum Gönder